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repórter
29 septembre 2006

Vamos salvar a Cachena?

É portuguesa a raça bovina mais pequena do mundo. Vive nas zonas de alta montanha, concelho de Arcos de Valdevez, em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, chama-se Cachena. E, para não variar, quando se trata de coisas nossas, preciosas, está em vias de extinção. 1

 

 

Texto Augusto Baptista

 

Há anos ouvi falar da Cachena: iminência de extinção, pequeno tamanho, solar a norte, no Alto Minho. Achei imperioso reportar o caso, ir ao encontro do animal, contar-lhe a história. Contingências da profissão adiaram a concretização do projecto.
Com algum alvoroço, neste Abril de 2001, fotografo a Cachena, a primeira que na vida me foi dado ver, meia encosta de encrespadas serranias, contrafortes da Peneda.
— Olhe que vamos encontrar mais vacas! — alertam-me, para que me apresse. Reentro no jipe, prossegue a lenta ascensão pela via estreita que de Arcos de Valdevez nos conduz a Lordelo, margem pedregosa a espreitar o fundo negro de ravinas a pique.
Acompanho a equipa que, no âmbito da Direcção-Regional de Entre Douro e Minho (Ministério da Agricultura) e da Associação de Criadores de Bovinos da Raça Cachena, empreende desde há dois anos o trabalho notável de tentar salvar esta raça bovina. Em contraste com a grandeza da tarefa, a equipa é pequena: a técnica Cláudia Vieira, o engenheiro zootécnico Rui Dantas e o médico veterinário José Leite.
Responsável pela defesa de outras raças autóctones (Garrano e Barrosã), José Leite dirige e coordena também esta equipa, conduz o jipe serra acima, com a desenvoltura de quem conhece o caminho. Não tarda a chegada a Lordelo, bando de casas dispersas, pousado num declive. À espera, o negro dos lenços a animar o rosado das faces, duas camponesas.
Após cumprimentos e cavaqueio alegre, vão todos rumo aos currais, laboriosa visitação a vacas, bois, vitelos: registos, colheitas para apurar o ADN, marcação auricular. E, sempre, a conversa bem disposta, a corrida viva atrás dos animais, a captura tensa, a observação, o labor técnico, rês aprisionada pelos cornos. Ao largo, eu, a fotografar.
Quando, entre os braços de uma vigorosa camponesa, arrancado ao negrume do curral, vejo aflorar ao portelo um vitelito do tamanho de dois olhos em sobressalto, compreendo a importância da aposta desta gente, criadores e técnicos. Neste abraço, entretecido por laços de afectividade, descortino uma reserva de esperança, talvez a maior, a mais essencial, de que ainda é possível...

 
Vaca de dote

Rosa Gonçalves Pires tem 10 vacas, todas prenhes, todas na serra. «No Inverno estiveram sempre cá em baixo, nas cortes». Nestes dias, vencido o mau tempo, «Largo-as e elas vão para a serra. Se invernar, que chova, vêm para baixo. Estando bom, nós imos vê-las à serra».
Na serra, grande, agreste, sabem lá os donos onde estão as vacas, sabem lá a vacas quem são os donos? «Tenho-as nas bouças, chego, começo a abrir o portelo ­— toma! toma! — elas vêm todas».
À escuta, também de negro, um vulto.
— E a senhora como se chama?
— Maria.
— Maria quê?
— Maria Afonso Alves.
Maria tem cinco Cachenas. Algumas estão na serra, outras — por sua conta e risco — andam diariamente entre as cortes e os pastos. Na pequena manada, Maria poderia ter mais uma cabeça, não fora ter dado uma Cachena ao filho: prenda de casamento. João Pires, operário da construção civil, está em França; a vaca de dote, no monte. «É a sogra que toma conta, leva com as dela e traz».
Quase sempre com poucas cabeças, como Maria e Rosa, são 110 os criadores da raça, fundamentalmente instalados nas diversas freguesias do concelho de Arcos de Valdevez. Fora daqui, há um criador no Lindoso, Ponte da Barca, dois no concelho de Monção (Anhões e Merufe) e, por fim, há um outro criador em Barrancos, Alentejo. A todos a equipa de José Leite atende, assiste. Cláudia Vieira, o elemento mais jovem do trio, tem fé no futuro: «A Associação dá um apoio muito grande. E os agricultores estão a virar-se para a Cachena. São os primeiros interessados em que ela sobreviva, os efectivos aumentem, a raça se apure. E este entusiasmo também é importante para não deixar morrer a pequena agricultura serrana».
Muitos são os nomes dados pelo povo ao pequeno bovino de alta montanha: Cachena, Cabreira, Vilarinha, Carramilhinha... Raça com «características de rusticidade inultrapassáveis», é capaz de subsistir em regime de liberdade nas condições mais adversas, alimentando-se num manto vegetal pobre. A par disso, polivalente, a Cachena integra o trabalho camponês, arroteia terras, concretiza tarefas impossíveis de realizar com máquinas agrícolas, nestas serranias.
Por ser pequena e parecida com os bovinos da raça Barrosã (espécie autóctone ameaçada), até há poucos anos prevaleceu o entendimento zootécnico de considerar a Cachena uma Barrosã ananicada. Por outras palavras, os bovinos Cachenos eram considerados exemplares anões do gado Barrosão, era-lhes negada autonomia rácica.
José Leite explica a sede do equívoco: «O único zootecnista que saiu de Lisboa para conhecer as raças foi Silvestre Bernardo Lima. Mas, em relação ao Cacheno, ele só ouviu falar, não conheceu o bovino. Por falta de elementos concretos de análise, estabeleceu-se a ideia de que o Cacheno era um Barrosão a viver em alta montanha e que, devido principalmente à precaridade da alimentação, o animal não se tinha desenvolvido».

Subsidiar é preciso

 
A partir de 1980, o trabalho em redor do Barrosão aprofundou-se, activando a polémica. «Já nessa altura, quer o Manuel Leitão, veterinário zootecnista e activo defensor do nosso património animal, quer eu próprio, tínhamos colocado superiormente o problema da diferenciação das raças», sustenta José Leite. Em 1993, foi criada a Associação de Criadores de Bovinos da Raça Cachena, a querer significar que o Estado se abria à diferenciação.
Este passo vem a permitir que, a partir de 1995, os criadores possam concorrer aos prémios comunitários, nomeadamente às medidas agro-ambientais. Sendo assim, após esta data, os criadores de Cachena, como raça autóctone reconhecida, podem passar a receber um subsídio comunitário: 24 contos por animal e por ano.
Tal incentivo, para a nossa realidade, revelou-se e revela-se estimulante. Sem ele, consideram os técnicos, a Cachena e as restantes raças autóctones estariam irremediavelmente sentenciadas. Na actual fase, o subsídio é decisivo, dizem, na desesperada tentativa de salvar o animal.
A inventariação do efectivo Cacheno, a que chamam Registo Zootécnico, constitui a cota de partida para conhecer esta população bovina (incluindo exemplares com evidências híbridas): quantos animais com características da raça existem, destes quantas vacas, quantos machos?... «A partir do Registo Zootécnico passamos a conhecer pais, mães, a genealogia dos animais que vão nascendo. E tal permite-nos apertar o crivo de selecção, aumentar os parâmetros de exigência. A este novo patamar de registo chamamos Livro Genealógico», explica Rui Dantas. Deste modo, o Livro Genealógico torna-se uma importante ferramenta para especificar os laços de família, evitar a consanguinidade, dar suporte técnico-científico às acções em curso.
No terreno, a equipa faz o registo da população, colhe tecido animal, com vista ao conhecimento do ADN, trabalho científico da responsabilidade do CECA (Centro de Estudos de Ciência Animal) da Universidade do Porto, instalado em Vairão, Vila do Conde. Através de testes laboratoriais, é possível confirmar com rigor científico os progenitores de um determinado vitelo. Rui Dantas especifica: «Se nos dizem que um animal é filho da vaca Bonita e do touro Castanho, o teste de ADN confirma ou não a ideia do criador. Se for verdade, o vitelo entra no Livro Genealógico; se não for verdade, integra o Registo Zootécnico».

 

Falo redentor

 
«Mais do que preocupados em melhorar a raça, estamos hoje a actuar no sentido de defender características (fenótipo) que exprimam o perfil genético do animal (genótipo)». Este discorrer técnico, trocado por miúdos, quer dizer que, na actual fase de trabalho, o centro das preocupações é salvar a Cachena, sem adoptar uma grelha muito apertada, com base nos animais inscritos no Registo Zootécnico.
Os elementos da equipa não escondem a gravidade da situação, andam apreensivos. Inscritos no Registo Zootécnico há cerca de 600 animais. Destes, poucos correspondem a 100% ao Padrão da Raça. A maioria apresenta evidências, mais ou menos claras, de cruzamentos: com Barrosã (sobretudo), com Galega, com Turina...
A exiguidade de exemplares que responde a todos os itens característicos (Padrão da Raça) condiciona o plano em marcha. Dados os problemas de consanguinidade, uma restritiva base de trabalho levaria ao falhanço. A estratégia tem, por isso, de envolver um universo animal além do actualmente inscrito no Livro Genealógico. 
Claro que o número de animais envolvido na acção em curso é ditado pela vida e suas leis, não resulta do livre-arbítrio dos técnicos. As decisões e os programas de acção estão subordinados à realidade concreta e às melhores metodologias para salvar a Cachena. «Nós estamos a trabalhar na base de um número grande de animais, — aduz José Leite — preocupados principalmente com a selecção dos touros. Este cuidado com a pureza dos touros é para se tentar regredir novamente para o Cacheno: no perfil da cabeça, no tamanho do corpo, na pelagem. Posso dizer-lhe que, nestes poucos anos de trabalho, já começamos a corrigir o universo».
A partir da base dos aproximadamente 600 animais inscritos no Registo Zootécnico, todos com traços mais ou menos evidentes da raça, o objectivo é reconverter a situação através de touros melhoradores no sentido étnico, e não no sentido da conformação, da velocidade de crescimento. Dito de outro modo: através destas seis centenas de animais e por via da reconversão com touros Cachenos, os técnicos pensam conseguir progressivas selecções genéticas, limpar as intrusões, melhorar a rusticidade da raça, a adaptação à serra. Para tal é importante a existência de uma determinada área de criação no habitat tradicional, uma zona exclusiva da Cachena, para que não haja machos infestantes a perturbarem o plano.
A aplicação e o desenvolvimento deste projecto não decorre no âmbito laboratorial, com condições controladas. Tudo se passa na serra, no solar da raça, sob pressões várias (económicas, políticas, sociais), com múltiplos factores adversos. Fundamental é limitar os elementos de perturbação e conseguir estimular moral e materialmente os criadores. Por outro lado, alerta José Leite, «se não houver elos de confiança entre os criadores e a equipa técnica, se não houver o entendimento e o apoio das forças políticas e do Estado, não alcançaremos os objectivos».

 

 

O cerco

 
São muitos e variados os factores desfavoráveis à concretização dos objectivos. À partida, incontornável, há uma razão de peso.
Com efeito, um vitelo Cacheno pesa aproximadamente 18 quilos à nascença e, ao terceiro mês, cerca de 45 quilos. Estes valores, para a raça Galega, por exemplo, têm uma expressão média que rondará os 40 quilos de peso, vitelo à nascença, e os 200 quilos de peso, aos três meses.
Se considerarmos que um dos destinos da criação animal é o abate e que a carne de Cachena é comercializada ao preço corrente da carne de vaca, resulta claro ser economicamente penalizador criar Cachena, face a raças mais corpulentas e de crescimento mais rápido.
Há quem pense que esta situação poderá ser contrariada pela Denominação de Origem Protegida para a carne Cachena, o que implicará, entre outros aspectos, um aumento do preço e da quantidade de carne vendida. Mas, com tão poucos animais, universo a vocacionar prioritariamente para a salvação da raça, não poderão ser devastadoras as consequências de um acréscimo de procura? Como poderão criadores pobres, como poderá a Cachena resistir ao assédio consumista, ao cerco da morte?
Problemáticas parecem ser também as vias que visam rentabilizar a criação Cachena através da produção de queijo. Como concretizar a extracção leiteira de modo a alimentar um fluxo produtivo quantitativamente exigente, com animais dispersos na serra, habitat frequentemente inacessível?
Elementos adversos há-os também de natureza sanitária. Com efeito, só num passado recente foi dominado o surto de brucelose e de leucose que afectou os efectivos. José Leite refere: «Esta raça foi esquecida em termos de melhoramento, foi esquecida em termos de saneamento. Só agora conseguimos sanear todos os bovinos Cachenos, à custa do abate de muitos animais».
Outro factor muito negativo passa pelos machos desenquadrados do Padrão da Raça, que os criadores não vendem e mandam para a serra. «Esses machos, não castrados, constituem mais um elemento perturbador, não só em termos de melhoramento, mas em termos de preservação da raça. O problema não tem hoje a incidência do passado, mas subsistem resquícios a eliminar».
A predação do lobo tem também reflexos. Na serra, os vitelos são presa fácil. Todos os anos uma parte do efectivo sucumbe aos ataques do lobo, privado de outras fontes de alimentação. José Leite não receia esta predação: «Os agricultores e o lobo entendem-se, encontram os seus equilíbrios. Quem perturba são elementos estranhos, como alguns caçadores». Exemplifica: «No Parque reapareceu a cabra do Gerês, ocorrência importante para diversificar as fontes alimentares do lobo. Mas, por causa dos caçadores sem consciência cívica, e por que a cabra é um valioso troféu em Espanha, dificilmente conseguirá sobreviver».

 

Oxalá!

Também num passado recente, situação que se pode reacender em qualquer momento, a pressão de intermediários e de criadores espanhóis foi extremamente nefasta. Diz José Leite: «Nos anos 80, antes de nós definirmos o Padrão da Raça, antes de individualizarmos a Cachena como raça autóctone, vieram a Portugal e compraram a maior parte dos animais. Nessa altura já eles, ao contrário de nós, tinham apoios estatais para defesa da Cachena».
Nem tudo são adversidades. Apesar de os apoios oficiais serem efectivos em Espanha, os resultados aí não são tão interessantes como do lado português: «Nós temos material humano, temos material animal para defender a raça: zootecnicamente, geneticamente. Eles dão apoios esmagadores, face à realidade portuguesa, mas, com o êxodo rural, não têm agricultores para os receber. Estragar as coisas é fácil; voltar a fazê-las, custa».
Ao lado da existência de agricultores interessados na raça, temos espaço privilegiado para a sua criação, onde avultam zonas de alta montanha no concelho de Arcos de Valdevez, integradas no Parque Nacional da Peneda-Gerês. Aí, no fundamental e como vimos, se concentram os criadores. Os animais vivem na serra em liberdade, sendo raros os que se acolhem no estábulo, de modo permanente. Os vitelos, com frequência, nascem na serra. E isso marca-lhes o comportamento, queixa-se Rui Dantas: «Há muitos animais que ao verem-me entrar na corte se atiram a mim de cabeça, mesmo a marrar, escouceiam, orneiam».
Importante é ainda, no nosso caso, não é de mais dizê-lo, a prevalência de cadeias de afectividade entre os criadores e os animais, entre os criadores e a equipa técnica que, em regime de voluntariado, de modo gracioso, abraça o sonho de salvar a Cachena. «Só com a confiança dos agricultores podemos resolver problemas. Ou merecemos a confiança deles, ou não vale a pena», sustenta Rui Dantas.
«A manter-se o precioso universo de confiança, a manter-se o estímulo aos criadores, no prazo de 20 anos, — confia José Leite — poderemos ganhar a aposta, poderemos restaurar o efectivo Cacheno, animais adaptados à serra, rústicos, capital importante para maximizar os subprodutos da agricultura serrana, para aumentar o rendimento dos agricultores».

Oxalá!

 

 

Brandas

 
As diversas freguesias e lugares do amplo concelho de Arcos de Valdevez têm, por atribuição ancestral, mantos de pastoreio e infra-estruturas para instalação dos criadores, em zonas de cota alta: as brandas. O gado e os donos para aí se transferem e permanecem, habitualmente desde o início de Maio até finais de Outubro. No pico do Inverno, quando a neve cobre as pastagens, gente e gado regressam às povoações.
As brandas visitadas, referidas à Cachena, vimo-las de dois tipos. Com toscas cercas para o gado, pedra encastelada, vigiadas por exíguos abrigos de pastor; e infra-estruturadas com casas de habitação, currais, celeiros, leiras e quelhos, permitindo a fixação desafogada dos agricultores e das famílias.
Do primeiro tipo é a branda da Lamela, manso declive de erva rasteira sobranceiro ao lugar de Lordelo, freguesia de Cabreiro. Do segundo tipo são as brandas da Junqueira e de Gorbelas, ambas referidas ao lugar de Rouças, freguesia da Gavieira.
A brandear na Junqueira, com a mulher e um neto, encontrámos António Sarramalho Vaz, casado, 55 anos: «O povo de Rouças vem com o gado para cima, porque aqui dá mais ser». Revigorado, António Sarramalho vigia a manada na serra, semeia, colhe (batata, centeio, feno). Nos meses invernosos, por pressão da neve, família e gado descem, abrigam-se em Rouças.
O auge do Verão (Julho, Agosto) — tempo de colheitas — corresponde também ao auge de gente na Junqueira (15 famílias) e em Gorbelas, «vinte e tal casas de habitação». Em tamanho e estrutura muito semelhante à Junqueira, Gorbelas «chega a juntar duzentas e tal Cachenas», estima Manuel Beites Cerqueira, criador que aqui encontrámos.

 

 

Bonito à espera


Chama-se Bonito e tem estofo de campeão. É um touro Cacheno de 3 anos que enche de orgulho o criador, Armando da Rocha Pires, senhor Armandinho, como todos o conhecem. Comprado em Cabreiro, Arcos de Valdevez, Bonito está aboletado em bom estábulo, na exploração agrícola que o dono tem em Poça, freguesia de Magalhães, Ponte da Barca. «Comprei-o muito pequenino, filho de uma vaca muito boa, uma Cachena espectacular. Criei-o e deu este fenómeno».
Apesar de afastado da serra «desde pequenino», Bonito mantém um comportamento arisco. Talvez cansado de ser vedeta — tem ganho todos os 1.ºs prémios dos concursos em que entra — reage mal à presença das máquinas e do fotógrafo. O dono tudo lhe perdoa e projecta descobrir-lhe uma companheira, «queria uma vaca como o touro, desta categoria». Como não é fácil concretizar tal propósito, virgem, Bonito aguarda.
Princesa e Rita são duas Cachenas campeãs, com muitos prémios em concursos. Ambas têm dado muitas alegrias ao seu proprietário, Joaquim Amorim Pinto, presidente da Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez. Qualquer delas seria companheira à altura de Bonito. Mas já têm macho!

 

 

Perfil da Raça


Os traços da Cachena que mais pesam na definição do Perfil da Raça passam essencialmente pela altura ao garrote, pela forma dos cornos, pelo comprimento da cabeça e pela cor. Assim, a altura ao garrote (base posterior do pescoço) no Cacheno deverá ter menos de 1 metro e 10 centímetros; os cornos deverão apresentar um formato em parafuso ou saca-rolhas, com secção circular (elíptica no Barrosão); o comprimento da cabeça (perfil recto) deverá ser maior do que o dobro da distância entre as arcadas orbitárias (no Barrosão os dois comprimentos equivalem-se); a cor define-se em tons — mais claros, mais escuros — de castanho.

 

1 Esta reportagem (com os caixilhos “Brandas”, “Bonito à Espera” e “Perfil da Raça”) foi publicada na revista Notícias Magazine.

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Commentaires
T
A resposta do Augusto Baptista é esta:<br /> <br /> "Para saber coisas sobre a Cachena o melhor contacto é mesmo o Ministério da Agricultura (Braga), telf. 253 83 17 36. O responsável a nível nacional do estalão da raça é o sr. Dr. José Leite, quadro superior da Direcção-Regional de Entre Douro e Minho do Ministério da Agricultura (Braga). Integra a equipa também o Eng Rui Dantas, quadro da mesma Direcção-Regional. Será aí possível obter informações quanto à Associação de Criadores de Bovinos da raça Cachena, com sede - salvo erro - em Arcos de Valdevez.<br /> <br /> Abraço"<br /> <br /> <br /> Augusto Baptista
S
conhecia a vaca barrosa, mas a cachena nao!<br /> teria muito gosto de entrar em contacto com os produtores desta raça. serà possivel de me informarem! muito obrigada silvia<br /> tabita02@hotmail.com
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